quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O melhor lugar para ler



Quem gosta de ler sempre tem um lugar preferido para isso. Na cama, numa cadeira do alpendre ou da varanda no fundo da casa, na sala, num banco de jardim. Uma porção de lugares e uma porção de preferências. Quanto mim, leio em vários lugares, mas não gosto de ler me movimentando, andando por exemplo. Tenho dificuldade em olhar e ler caminhando, não consigo ficar olhando para o livro. Ou o livro ou o caminho a ser percorrido. Mas tem gente que lê e caminha com a maior facilidade, não sei como conseguem.

Não é só para ler, não. Para falar no celular também não consigo falar, ouvir e andar ao mesmo tempo. Ah, não, tenho que parar, encostar-me numa parede ou sentar-me, mas andando, não. Se escuto o sinal do celular e o celular se encontra no bolso da camisa, tenho que tirar um monte papéis e coisas para encontrar o celular. Aí tenho que olhar bem firme para ver onde apertar o botão. Se não é botão o nome, me desculpe. Fiquei sabendo, agora, que se chama tecla. Mas isso não faz diferença, ?

Enfim, não entendo nada de celular. E nem de computador. Em computador eu sou impossível. Só escrevo porque passei dezenas e dezenas de anos escrevendo em máquina datilográfica. E se alguém não sabe o que é datilografia está na mesma situação minha no que diz respeito a celular e a computador.

Nossa Senhora, fugi demais do assunto

Estava falando sobre o melhor lugar para ler um livro ou um jornal, uma revista e até agora não revelei o meu melhor lugar. Até estou parecendo candidato a presidente, que enrolam, enrolam, embromam e não respondem coisa com coisa.

Como não sou candidato vou responder. Meu melhor lugar para ler é no banheiro. Não debaixo do chuveiro, porque senão molha o livro todinho e acabo perdendo o livro. Gosto de ler no banheiro, mas sentado. Sentado na privada (alguns chamam de vaso) e o livro fica sobre um banco branquinho, desses de banheiro. Passo, então momentos agradáveis, sem ser perturbado por quem quer que seja, mesmo com a porta do banheiro sem estar trancada, apenas fechada. Pois não tem sentido trancar a porta do banheiro. Se estiver fechada é porque tem alguém lá dentro. Aliás acho uma bobagem trancar a porta do banheiro. E se eu cair, se eu passar mal, vai dar um trabalho enorme para os familiares abrirem a porta. Então, eu não vou e não quero causar problemas maiores a meus familiares.

E agora que um lado íntimo meu foi revelado, deixe-me acabar de ler Lolita, de Vladimir Nabokov.

3 comentários:

  1. Zé Maurício, pai do grande Tarcísio contemporâneo meu de primeiros anos escolares, que maravilha essa postagem! Não importa que trate por tecla ou botão o dispositivo que aciona os codigos dos celulares, tanto faz, celulares são mesmo “maravilhas porcariosas modernas”.
    Bem, não vou lhe dizer se Lolita morre no final, até por que não li o livro inteiro. Sei que o Prof. Humbert é uma criatura medonha. Ah, e não se preocupe em emprestar-me os seus livros. [sorrio, pois brinco].

    Eu, que também sou ituveravense, deixo um abraço, e desejo vida longa e sucesso ao seu blog. Fiquei muito feliz quando soube de mais um conterrâneo presente na aventura da blogagem. Até breve!

    “Para o legítimo sonhador não há sonho frustrado, mas sim sonho em curso” (Jefhcardoso)

    http://jefhcardoso.blogspot.com

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  2. Caro Jefh
    Devido a alguns problemas, só hoje li o seu comentário que muito me emocionou. Pois, amigo do grande Tarcísio, é também meu amigo.
    Muito obrigado. Volte sempre.

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  3. Sua resposta tanto tempo após meu comentário só fez acrescer minha felicidade em ter o senhor em meu blog, Sr. Zé Maurício! Fiquei muito honrado ao ver o seu rosto em meu quadro de seguidores. Espero que goste das leituras. Aceite o meu fraterno abraço ao senhor e, por extensão, ao bom Tarcísio! Obrigado!

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